Publicado em 26.06.2009
Há seis meses cai número de assassinatos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. No período, houve investimento em áreas críticas.
Eduardo Machado
No último dia 31 de maio, Pernambuco completou seis meses seguidos de queda no número de crimes violentos letais intencionais (CVLIs). Pela primeira vez, desde o período de outubro de 2006 a março de 2007, o Estado ultrapassa seis meses com uma tendência consolidada de redução no somatório dos homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. No comparativo do semestre compreendido entre dezembro de 2008 e maio de 2009 e o período de dezembro de 2007 a maio de 2008, houve um recuo de 5,5% no número de CVLIs. Se o índice admitido for à taxa de CVLI (que considera o crescimento populacional), a queda chega a 6,4%.
Os dados sobre a redução na violência serão divulgados oficialmente na próxima semana pela Agência Condepe/Fidem.
Os números apresentados nessa reportagem estão sujeitos à consolidação e foram obtidos na página da Secretaria de Defesa Social na internet.
Os seis meses de recuo na violência coincidem com o período de implantação pelo governo de Pernambuco de um acompanhamento semanal das estatísticas de CVLI nas 217 áreas integradas em que o Estado foi dividido.
Agora, os gestores de cada área precisam prestar contas semanais sobre os crimes ocorridos em suas jurisdições, informar como andam as investigações e atualizar boletins de ocorrência eletrônicos.
Além disso, a SDS tem focalizado efetivo e recursos para os chamados “pontos quentes” da violência. Em 2008, 37 comunidades onde se concentravam 44% dos homicídios do Estado eram o alvo preferencial. Este ano, a quantidade de pontos quentes subiu para 44 e deve chegar a 77 em 2010.
A assessoria de comunicação da SDS informou que só vai comentar os seis meses de queda no número de CVLIs após a divulgação dos dados pela Agência Condepe/Fidem.
PULSEIRA
Desde o início de junho, o controle estatístico da violência em Pernambuco foi reforçado pela implantação de pulseiras de identificação para cadáveres. Os lacres numerados são colocados nos corpos pelos peritos do Instituto de Criminalística e servem para tornar o controle estatístico mais eficiente.
“Muitas vezes, os peritos iam a um local de crime com mais de uma vítima e nem todas estavam identificadas. Os cadáveres seguiam como desconhecidos e, posteriormente, ao serem identificados podiam acabar sendo contados duas vezes.
Agora, todo o processo ocorre com a vítima atrelada a um número de ordem que não muda”, explicou o gestor da Polícia Científica, Evson Lira.
Mesmo após a liberação do corpo no Instituto de Medicina Legal, a orientação para as famílias é que o corpo seja sepultado com a pulseira, tornando possível a conferência até em casos de exumação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário